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Este blog objetiva, sempre que possível diariamente, colocar para os amigos comentários sobre fatos de que participei ou aqueles que presenciei, ou ainda comentar assuntos que estejam na pauta jornalística do momento.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(bolsa famíliaxresultados)
Esses estão sempre a rir dos otários do lado de cá...
Jornais de sábado último, dia 28 de junho, publicaram o resultado de pesquisa do IBASE, cujos levantamentos feitos comprovam que 55% dos beneficiários do bolsa-família estão passando por problemas de fome!!?? Isto porquê, conforme pesquisas feitas, essas famílias desviam o dinheiro recebido para outras finalidades que não a alimentícia. Errados? Não, porque o grande problema é a falta de conhecimento funcional dessas pessoas, que por falta de educação, de instrução, desconhecem valores, comportamentos, necessidades básicas, valor nutricional de alimentos... Enfim, são analfabetos funcionais. O governo federal alega que é melhor do que nada e isto é o óbvio, mas vamos melhorar isso tudo dando, além do peixe para se alimentarem, o ensino da pesca. Quando atrelarmos esse benefício a algumas outras atividades que permitam aos menos favorecidos verem a vida com mais clareza, teremos um melhor aproveitamento do viver. Vamos dar escola de qualidade, com tempo integral; vamos, em vez de só cobrar tributos, ligá-los a açóes sociais; vamos dar saúde e saneamento e, em vez de comprar aviões (que viajem, como os reis dos países nórdicos, em aviões comerciais), desenvolver os transportes coletivos de massa. Em resumo, vamos governar com seriedade, sem festa junina no Arraiá do Torto com o dinheiro dos nossos tributos. Isto o pobre não vê e ainda assim gosta... Faça-me o favor: Arraiá Junino com nosso dinheiro? Madeira
atualidadecomentários-madeira(cotas nas universidades)
É perna demais pra pouca calça
Cotas nas universidades: volto a abordar esse tema porque ontem, ao passar por um outdoor de propaganda de uma faculdade de Vitória, por sinal criada por um amigo já falecido e hoje dirigida por um filho dele, deparei com a propaganda centrada em uma frase forte, mas verdadeira, e que vem de encontro aos meus pensamentos. A frase: "O mundo vai ter cotas para você?". Batata, como diria meu pai. Vamos dar cotas nas universidades públicas a jovens que não estão preparados para cursá-las, por não terem tido um bom ensino fundamental e médio, e depois Subemprego? Desemprego? Vergonha? A maioria já passará vexame na formação, tanto por não ter base para acompanhar como por não ter condições de comprar livros e apostilas e, passada esta fase, se não desistirem antes, por não conseguirem no mercado de trabalho capitalista cotas para quem teve cotas. Volto a insistir: da mesma forma que os mais de cem intelectuais negros, que no mês passado entregaram um abaixo-assinado ao STF, pedidndo para que não fosse aprovada a lei das cotas, alegando que o negro não precisa de esmola e sim de oportunidades iguais, o correto é dar plenas condições de aprendizagem, dar uma escola pública de qualidade, em horário integral; enfim, dar condições de cidadania plena aos mais pobres, independentemente da cor, e então aqueles que tiverem vontade, garra, com esse apoio, chegarão às universidades aptos a aproveitar o estudo e a serem vitoriosos, sem esmolas. Para complementar esta opinião, recomendo a leitura da coluna de Miriam Leitão, nos principais jornais do país, data de ontem, dia 29 de junho, domingo, onde ela relata a vida do pai dela, que estudou e se formou pagando os estudos desde a infância, com trabalho, na própria escola. Limpava banheiros e salas de noite para poder esudar de dia, de graça, e assim se formou, fez-se na vida, com orgulho, sem esmolas, que ofendem muito quem a recebe, desde que tal pessoa tenha brio. Madeira
sexta-feira, 27 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(futebolxmudanças nas regras)
Esses velhotes não vão fazer nada pra dar uma geral nas regras do futebol?
O futebol necessita e com urgência de uma sacudidela, e essa deve ser nas regras. Até concordo que as referentes à cibernética, à informática não sejam feitas, para evitar a contaminação da máquina na atividade esportiva, mas as regras devem sofrer mudanças. Nada que importe em mudar o tamanho dos campos ou das balizas (estão de bom tamanho), mas referentes a novas leis que forcem os técnicos, os estrategistas a criar novas táticas e tenham que ser forçados a rever conceitos, que minimizem as faltas feitas para parar o jogo em sistema de rodízio em cima do melhor jogador do adversário. Algumas idéias são: impedimento somente dentro da grande área e em bolas paradas (motivo: evitar ataques corpóreos aos goleiros, mas possibilitando que se ocupasse taticamente os cantos dos campos e as linhas de fundo, forçando uma nova distribuição dos jogadores de defesa e de ataque); cobrança de lateral com os pés (motivo: possibilitar lançamentos, terminando com aglomerações e faltas hoje existentes na cobrança com as mãos; além disso, se o jogo é de futebol, para ser jogado com os pés, por que então uma jogada com as mãos?); três tempos de trinta minutos, de bola rolando, cronometrados, com cinco minutos de intervalo no próprio campo (motivo: acabar com as prorrogações, ceras e fingimento de contusões para ganhar tempo, sumiço de gandulas e outras mazelas - vide o futebol de areia e o futsal); limite de faltas, tanto individuais como coletivas (motivo: preservação dos craques e eliminação dos brucutus do futebol, com os técnicos preocupados com as faltas, limite este que poderia ser de cinco individuais ou três por tempo de jogo, e dezoito as coletivas ou seis por tempo de jogo, com a substituição do brucutu; não teríamos nesse caso limite de substituição e nas coletivas seria batido tiro livre direto da meia lua da grande área); abolição da barreira, com a obrigação do jogador que sofrer a falta batê-la (motivo: acabar com a contagem de passos e a briga nas barreiras entre o juiz e os jogadores, e forçar todo jogador profissional a ser bom no que faz, pois se êle ganha - e no geral satisfatoriamente - deve saber bater e muito bem na bola, pois é um absurdo um craque como o Zico ficar depois do treino horas treinando bater falta e o cabeça de bagre pegar seu carro de luxo e ir para a farra). Com essas mudanças (sei que não ocorrerão nunca) o futebol iria dar uma modernizada e tanto, e tornar-se muito mais atraente, disputado e com muitos gols. Madeira
atualidades-comentários-madeira(basquetextécnicoxregras)
Ontem, 26 de junho, assisti ao jogo de estréia do novo técnico da seleção brasileira de basquete, o espanhol Moncho Monsalve, em uma partida nada amistosa com a Venezuela. Algumas coisas vistas foram importantes, tanto para os técnicos brasileiros, como para nós torcedores verde-amarelos. Logo no início a posição do técnico na execução do nosso hino nacional: de respeito, olhando para a nossa bandeira, em silêncio, mas com a mão direita sobre o coração, o que não vemos nos nossos compatriotas. A seguir a tranquilidade com que se comportou, sem vedetismos, sem aparecer para a TV e a torcida. As instruções, nos pedidos de tempo seguras e sempre pedindo que o coletivo dominasse o individual, nada de recordes de pontos, de arremessos precipitados. Um jogador errou duas vezes seguidas, e êle de imediato o substituiu, sentou-se junto a êle no banco e explicou como queria e como ele devia fazer, e depois o retornou à quadra; nada de gestos de insatisfação ou gritos contra os erros do atleta (não é mesmo técnico brasileiro, onde eu ganho e vocês perdem). Por fim, ao terminar, na quadra reuniu todos os jogadores ao centro, fez um breve comentário geral do jogo, fez um breve agradecimento a Deus e todos deram as mãos a êle e gritaram Brasil... Ah, um técnico brasileiro ia primeiro dar entrevistas e dizer como ganhou o jogo, como entende de basquete. Fora isso, o que mais me impressionou foi que agora, e não sei se já é defintivo, são três os juízes no jogo de basquete, o que torna mais difícil algo irregular, contra as regras, passar desapercebido dos responsáveis por coibí-lo. Ah, se o futebol também se modernizasse como todos os esportes, que a cada ano aperfeiçoam as regras, vide o futsal, o vôlei e o basquete, dos coletivos os mais difundidos. Nenhum desses esportes parou no tempo, no que se refere a mudanças que permitissem mais dinamismo, mais disputa, mais pontos, para terem mais emoções. Essa letargia só existe no futebol, que é praticamente o mesmo desde a sua invenção. Acorda International Board, acorda FIFA. Madeira
quinta-feira, 26 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(LDUxFluminense)
LDU X Fluminense: três aspectos de ações errôneas levaram à derrota feia, indecente, pelo fraco nível do time equatoriano, sofrida pelo Fluminense ontem. Primeiro, a estratégia da diretoria do clube, ou do departamento de futebol e por ela aprovada, de poupar o time dos jogos do Campeonato Brasileiro. Isso é uma tremenda burrice, pois futebol é técnica e técnica tem de ser apurada, e só se a apura a fazendo. Ah, ficaram treinando... Treino é treino (já falava Didi, um dos maiores armadores de todos os tempos), e jogador necessita de competição (vide os jogadores de vôlei e basquete, que jogam continuadamente e com isso cada vez melhoram mais os fundamentos), além de que os treinos no futebol brasileiro são rachões, onde inclusive os técnicos jogam, ou seja, são brincadeiras, se não os jogadores nos jogos não errariam escanteios e lançamentos longos, sem falar nos passes curtos. Agora, além de tudo quero ver recuperar os pontos entregues no campeonato brasileiro (lembrando ainda que, para as estatísticas, o que vale são as derrotas que tivemos e não que time jogou). Ficou claro, está claro que alguns dos jogadores estão sem ritmo de jogo, estão em ritmo de treino; por exemplo, o Washington. Para piorar, dentro dessa estratégia errada, mas adotada, por que não fomos para Quito com dez, quinze dias de antecedência, para a adaptação, para entrar no ritmo da pressão, treinando lá contra equipes locais? Saíria mais barato que comprar três poltronas no vôo para os jogadores descansarem... Ridícula esta providência. Segundo erro, este tático: já tínhamos jogado duas vezes com a LDU, (o Abel, ex-treinador nosso, avisou ao Renato Gaúcho) e sabíamos como eles jogavam, e deixamos o Junior Cesar ser morto pelo lateral-direito deles, sem qualquer auxílio, quando temos o Cícero, canhoto e forte, que devia e podia dar o primeiro combate, e que ficou perdido ontem, sem saber qual era a sua (dele) posição. Com isso perdemos a capacidade ofensiva do Junior Cesar e também a do Cícero. O pior é que para o torcedor o jogador é que é o culpado. Dentro deste mesmo erro, a LDU bateu dezenas de escanteios no primeiro pau e insistimos em colocar alí o Junior Cesar, o mais baixo da defesa; somos um time de uma nota só. Estes dois erros facilmente observáveis levam-me a conclusão do que tenho falado, Renato Gaúcho é boleiro, não treinador, com nosso time sem variações táticas e jogadas ensaiadas. Ah, este time na mão de Luxemburgo, Muricy ou Abelão. O terceiro aspecto a analisar, também errôneo, e este dentro do jogo: os próprios jogadores não têm que fazer a análise e sim jogar, e ontem só jogou o Conca. Os demais todos acreditaram muito nos prejuízos da altitude, e não deram aquele algo a mais; não é pregar a violência, mas é absurdo fazer num jogo decisivo meia dúzia de faltas e levar quase outro tanto de cartões amarelos. Desequilíbrio emocional? Comodismo? Já ganhou? Enfim, mais um vexame, fruto de incompetência generalizada, da presidência (chorou de emoção em uma entrevista por estar o time numa decisão de Libertadores...) aos jogadores. Madeira
quarta-feira, 25 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(a nova lei de trânsito)
A nova lei de trânsito estabelecendo índice zero de ingestão de álcool para motoristas é muito boa, restando saber como será a sua aplicação, ou seja, a seriedade com que as polícias e a Justiça a aplicarão. Os nosso costumes são tão frouxos quando se trata de cumprir as leis que até se criou, absurdamente, a tese de que existem leis que não pegam. Não pegam porque existem autoridades que não se dão ao respeito, protegendo seus apaniguados e com isso separando o cumprimento das leis entre os amigos e os desconhecidos. Daí outro ditado jurídico ridículo que é o aos amigos as benesses da lei, aos inimigos os seus rigores. Nada mais sintomático da frouxidão moral pátria do que este dizer, que ainda é repetido no universo do Direito. Nada mais justo, mais correto do que se responsabilizar todo aquele que não respeita os direitos dos outros, que não cumpre os seus deveres. É direito de todos não serem vítimas de acidentes fatais ou não, quando não os geram, e é dever de todos zelarem para que isso não ocorra. Nessa área de bebida alcoólica temos um outro exemplo de falta de respeito a lei, quando esta prevê a proibição de venda de bebida desse teor a menores e ísso não ocorre, bem como é proibida a venda a quem já está alcoolizado e isto também não ocorre. Certamente, dentro dessa brasilidade, muitos não acreditam na firmeza do cumprimento desta lei e a testarão, e só nos resta que, pelas inúmeras mortes acontecidas e pelo clamor dos parentes das vítimas, os infratores tenham de se haver com o rigor da Justiça e assim aprendam a cuidar dos direitos dos outros. Gostas de beber, não dirijas. Madeira
terça-feira, 24 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira((Arnaldo Jabour)
A luz no fim do túnel provavelmente é de outro trem pronto a esmagar-nos
Arnaldo Jabor, coluna de O Globo, dia 24/6/2008: êste brilhante colunista hoje escreve sobre a desilusão com o momento político nacional, e com isso prefere discorrer sobre as dificuldades que existiam, nas décadas de 50 a 70, para se conseguir sarrar com alguém, salvo as empregadas domésticas, sucessoras das mucamas, das jovens escravas, na iniciação sexual dos jovens. Mas êste tema, que conheço muito bem, pois sou contemporâneo do Jabor, não será o assunto deste comentário, pois prefiro continuar na área politica, face aos desmandos dos atuais governantes, todos escondidos pelo bom momento econômico e pelo populismo de doações utilizado descaradamente pelos governos, que nada melhoram o futuro de ninguém, apenas são paliativos do presente. O arguto colunista diz que a desilusão política dele deve-se a forma de governar vigente no País, que êle batiza de sistema de governo lulo-sindicalista-aliancista. Pronto, nada mais a falar, a dizer sobre como o nosso Brasil está sendo governado. Analisando esta forma de governar, de trás para a frente, vemos que o governo central não tem ideologia, tem apenas interesses que levam a uma efetivação absurda de alianças, impossíveis de se realizarem de fato, possíveis apenas para que possam acessar o bolo e todos mamarem, através da distribuição imoral de cargos públicos e de dinheiro das emendas ao orçamento. Impossíveis de se realizarem por não terem os partidos que se aliam, e as pessoas que os compõem, nenhuma afinidade ,ideológica ou programática, tendo apenas interesses escusos, necessidades eleitoreiras, sem qualquer tipo de pudor de assumir esse desinteresse pela nação e seu destino, e sim de o fazerem apenas e tão somente por aspectos particulares. Sindicalista ou sindi-sinistra, por conduzir os destinos de todo um povo para os fins de uma parcela de pessoas que se reúnem buscando apenas as benesses para a sua categoria, para o seu partido, e tentando eliminar, por todos os meios, aqueles que não pensam igual, que ousam discordar. São grupos fechados, disputando o poder internamente, visando dividir os lucros das vantagens indevidas conseguidas dessa união. Para acabar de mostrar a face da república sindicalista, o jornal O Globo de hoje, em coluna na página dois, informa que o Banco do Brasil tem hoje 127 servidores cedidos às atividades sindicais, com uma despesa anual de R$ 11 milhões em salários, e a CEF 177, a um custo de 7 milhões de reais/ano de salários, obviamente tudo pago por nós, através das tarifas absurdas que pagamos por qualquer operação bancária. E lulo pela vaidade, por nunca antes neste país termos tido tantos ladrões safados no poder, por perdoar nosso presidente todos os amigos, pobres aloprados, que são aloprados por terem sido pegos com a boca na botija, não sabendo desviar recursos com a sapiência dos chefes maiores; afinal, são inexperientes em grandes golpes. As leis são para os bobos, para aqueles que as cumprem e não para os figurões dos poderes executivo e legislativo, que nunca são punidos, pois esta é a regra do sistema lulo-sindicalista-aliancista. Pobre Brasil, que é tão rico que ainda cresce (é certo que a economia mundial está a favor), que permite que os seus altos mandatários tenham cartôes de crédito corporativo, que os gastos das mordomias presidenciais sejam sigilosos, que nós todos paguemos indenizações milionárias para sequestradores e assaltantes de banco e muito mais sujeiras. E ainda rimos e brincamos. Madeira
segunda-feira, 23 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(cotas)
O equilíbrio entre os dois lados da moeda
O caminho para ajudar as pessoas não passa pelo dar e sim pelo ensinar, por dar os meios para e não simplesmente por motivos eleitoreiros, de perpetuação no poder, de dar por dar. Tirando os desavergonhados, ninguém gosta de ganhar as coisas (de sobrevivência, não estou falando de presentes), o que só faz baixar a auto-estima. O bom, o que traz felicidade, é conseguir pelas próprias mãos, com a própria inteligência, o próprio desenvolvimento, o progresso pessoal. O que se tem de fazer, o que os governos deste país têm de fazer é de início trocar de filosofia, parar de achar que o pobre, o mal sucedido na vida tem que ser ajudado com doações, sem nada em troca, sem precisar pagar pelo que está recebendo. A partir daí, desenvolver a educação básica, com escolas públicas-modelo, de tempo integral (tivemos boas tentativas, que foram abandonadas como os CIEPs), com formação não só de conhecimento geral como de artes, técnicas, de maneira a tirar das ruas as crianças e os adolescentes, em troca de aprendizagem e desenvolvimento pessoal. Em paralelo, ao invés de criticar o capitalismo, envolvê-lo nesse comprometimento educacional, com programas conjuntos de aprendizagem profissional, tudo isso com seriedade, com acompanhamento diuturno, sem ter dinheiro dado ou comprometido, sendo a moeda de troca a aprendizagem. É muito fácil dar um cartão de débito e colocar dinheiro em uma conta de um pobre analfabeto funcional, que prefere fumar, beber e fazer as unhas do que se sacrificar em prol dos filhos, e tudo isso no meio da corrupção generalizada, do desvio noticiado, todos os dias, dessas verbas. Sem educação firme, acompanhada (no meu tempo existiam algumas figuras decisivas para dar certo o estudo, que eram, da parte do governo, o inspetor federal de educação, que diariamente passava nos colégios e os fiscalizava e, nos colégios, os bedéis, responsáveis pela disciplina escolar). Mas isto é um modelo final, demorado, que enquanto discutido e implantado pode ser substituído pelas cotas sociais, ou seja, o parâmetro para ingresso em quaisquer atividades públicas que não seja a cor da pele, mas sim o nível de desenvolvimento econômico, de necessidade familiar, o que não segrega, não marca pela cor, não divide, não humilha, mas ajuda. Complementando esta fase de transição para o modelo de educação integrada, continuada (vejam Cuba, nesta área um exemplo), qualquer cota, de qualquer tipo, deve ser implementada, colocada em ação, com vigor na educação básica, pois no ensino superior vai mais do que nunca acentuar diferenças, humilhar, pois a maioria dos cotistas vai ingressar sem a base mínima para acompanhar os estudos universitários, ficando marcados pelos maus estudos feitos, e serão no futuro alvo de chacotas e terão muita dificuldade profissional. De pequeno é que se torce o pepino, ditado popular, sabedoria popular que representa bem essa situação. E os gastos com livros, com deslocamentos, enfim, os periféricos da educação superior, como serão vencidos pelos cotistas? Formaremos agora doutores que não conseguirão ingressar no mercado de trabalho ou criaremos cotas para os cotistas nas empresas e nos concursos públicos? E o ódio que está sendo disseminado contra os cotistas porque ingressam em faculdades oficiais com um terço da pontuação dos não cotistas no vestibular? Vamos igualar as ferramentas da aprendizagem na educação básica, e não precisaremos de cotas raciais. O negro é tão inteligente (talvez mais)do que o branco, e não precisa desses favores melodramáticos; precisa apenas de igualdade de chances e esta não pode e não deve ser dada após sua formação inicial (que é inexistente), e sim nesta. Governantes, vamos acordar e parar de assistencialismo eleitoreiro, segregador, e resolver o problema pela base. Educação de qualidade, sem sindicalismos e populismos. Madeira
atualidades-comentários-madeira(cotas raciais)
O que fazer?
Cotas raciais: êsse governo esquerdista, burro, popularesco e demagógico está tentando criar em nosso País a segregação racial. Está tentando terminar com uma das grandes conquistas e, na história da humanidade, exemplo único, feito do conquistador português, a miscigenação, a total integração entre todas as raças que aqui se estabeleceram. Cotas raciais são o início da separação dos brasileiros pela cor da pele, única coisa que não é importante em uma nação, em especial multiracial como a nossa. Existem dificuldades em muitos momentos do viver de um brasileiro? Sim, existem, e sempre por culpa única dos governantes (se uma pequena parcela discrimina, já existem leis a respeito, basta aplicá-las e sem estardalhaço), e não são privativas dos negros. São muitos os brancos ,mulatos, amarelos e vermelhos não amparados pelos governos, com muitas dificuldades para estudarem, sem atendimento de saúde e sanitário, morando em casas indignas e, por não serem negros, não terão as benesses das cotas raciais? Temos que ajudar todas as pessoas a progredirem, a melhorarem, a terem mais educação, saúde, moradia digna, condução decente ou será que só aos negros? Os demais serão discriminados? Serão, é óbvio, discriminados. Em breve teremos dificuldades de andar nos mesmos lugares, não seremos mais uma nação e sim várias nações étnicas dentro de nosso território, prontas para guerrear entre si. É isso que estão buscando, situações de conflito para depois, pelas armas, ainda que possa ser pela arma do voto burro, inesclarecido (vide Venezuela), tornar este país simples e amado por todos, um país de lutas, de MST´s, de nações indígenas, de nações de donos de cotas raciais. Êste caminho é o próprio dos sindicatos (conheço bastante como fazem), ou seja, ou você apóia tudo que as lideranças querem e propõem ou é pelego, inimigo da categoria, e aí é ameaçado, empurrado para o ostracismo. Nossos líderes atuais são todos de origem sindical, acostumados à subserviência, às vontades e desejos uniformes, únicos, e é isso a que estão acostumados e fazendo no governo: unanimidade, seguidores fiéis, vaquinhas de presépio. Amanhã indicarei como fazer (os governantes sabem, mas não interessa fazer da maneira certa, pois não rende votos, não trás o povo no cabresto, como nos sindicatos). Cotas raciais, fator de segregação racial. Madeira
atualidades-comentários-madeira(IDEB)
Vacilou com um adolescente, dançou...
Indice de Desenvolvimento da Educação Básica, IDEB: os jornais publicaram, com muito destaque, os resultados da avaliação nacional efetuada pelo MEC, com os alunos das escolas públicas em todo o território nacional. Efetivamente é algo estatístico, mas que é modelo mundial e serve apenas para que a partir dele possamos buscar as soluções para a melhora do ensino público nacional. Tenho, pela experiência no ensino, de cinqüenta anos, como aluno, professor, coordenador, diretor e também pela leitura continuada sobre o assunto, além de conhecer todo o Brasil e alguns outros países, que as soluções são simplistas e de conhecimento de todos, sendo reiteradas vezes ditas por autoridades e educadores e objeto de íncontáveis congressos, seminários etc. Basicamente passa pela vontade de fazer das autoridades públicas da área da educação, a denominada vontade política, acompanhada por ações de áreas correlatas, pois não é possível fazer educação onde não existe saúde, alimentação... No assunto em tela, no entanto, desejo tocar em um aspecto específico do IDEB, de leitura fácil, que foi que dos 20 melhores colégios públicos de oitava série, ONZE, mais de 50%, são escolas militares, que tem o mesmo currículo das milhares de escolas públicas avaliadas. Aqui sente-se claramente um diferencial, que é o disciplinar. Adolescentes, todos sabem, têm de ter limites claros colocados, têm de ter as regras de estudo claras, têm de ser punidos, com clareza, sabendo qual a razão, quando erram, pois é assim que se formam homens de bem. Adolescentes têm de ter horários certos e checados de estudo; têm de ter os estudos acompanhados. Não podem ter continuadamente, quando erram, a cabeça acariciada com o perdão, pois assim se acostumam à leniência, ao comodismo. Nas escolas militares êles são cobrados repetidamente, e têm acertado previamente o que ocorre quando não cumprem as tarefas. Não há desculpa por trabalhos extra-classe não feitos, não há possibilidade de negociações impúrias por deveres não cumpridos, e não existe um dos piores males na educação brasileira, o professor bonzinho. Êste pústula, que passa alunos que não poderiam passar, face ao desconhecimento dos conteúdos que tinham de aprender, seja por não se dedicarem, seja por incompetência, são, após a falta de limites impostos nas salas de aula dos colégios, e dada a falta de cobrança da aprendizagem, um grande mal do ensino pátrio. Olhem bem os resultados, diretores, professores e pais, e imponham aos seus adolescentes as regras que êles precisam para terem um bom resultado escolar. Madeira
sexta-feira, 20 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(eleições em Guarapari)
A eterna ressaca da cidade...
Eleições em Guarapari: o Instituto Futura de pesquisas, no jornal A Gazeta de hoje, 20 de junho, publica resultados da pesquisa de intenção de voto para Prefeito de Guarapari, nas próximas eleições de outubro. Os resultados mostram uma forte queda das intenções de voto no Deputado Rodrigo Chamoum, de 32,5% para 22.2%, perdendo a liderança da corrida eleitoral para o vice-prefeito, retirado da direção do Executivo Municipal recentemente para o retorno do Prefeito que estava afastado (ambos por irregularidades administrativas), que subiu de 27,9% para 37,5%, colocando assim 15,3% de vantagem nessas intenções. Qual a análise a ser feita? Esta deve estar sendo feita nos escritórios das duas campanhas, mas nunca aparecerão para o grande público, pois ninguém quer assumir favoritismo ou derrota antecipada. Guarapari tem se ressentido de administrações municipais competentes e, como todos os municipios brasileiros (estados e União também), que não sejam demagógicas, que não queiram o poder por vaidade ou para se locupletarem. Neste momento, como em outros anteriores, em que uma legislatura chegou a ter três/quatro prefeitos, muitas variáveis interferirão no pleito de outubro próximo, como, por exemplo e principalmente, as decisões judiciais. Será que o vice-prefeito será afastado do pleito? Se não for afastado e conseguir disputar as eleições e eleger-se, não poderá ser afastado mais para a frente, perpetuando assim a bagunça das sucessivas mudanças no poder executivo municipal? Afinal, êle responde a uma dezena de procedimentos judiciais por irregularidades administrativas, segundo os jornais. Guarapari aguenta tantas trocas? Outras variáveis são a influência do Govêrno Estadual nas eleições locais, pois todos sabem que o Governador apóia a candidatura de Rodrigo Chamoum; a ainda forte e lamentável influência da Igreja Católica, que elegeu e reelegeu Gottardo; as composições politicas da região, próprias da edilidade, com seus currais de votos e de Ricardo Conde, no momento aliado de Chamoum e que tem nas mãos um instrumento fabuloso de convencimento e amostragem que é a TV, no caso o canal 9,TV Guarapari; enfim, muitas ainda são as variáveis, que incluem até os meses restantes de governo de Gottardo (será que êle não será afastado de novo?), que podem influir positiva ou negativamente no ânimo dos eleitores. Ainda existem muitas alternativas e tempo suficiente para que se estime vencedores, em especial neste momento, pois o brasileiro é emoção pura e o candidato em primeiro lugar beneficia-se de ter sido afastado inesperadamente (apesar dos vários processos, tal não era esperado), e numa ocasião em que mostrava ao povo um pacote de obras e uma agilidade gerencial, o que conjugado com o retorno de Gotardo, que tem a marca oposta (lentidão gerencial, demora na tomada de decisões), foi um impacto positivo para Edson Magalhães, que não se pode avaliar até quando vai durar, pois a memória do povo é curta. Também é importante lembrar que Guarapari ainda não tem segundo turno, e candidatos que se sintam sem reais chances de vencer (foi o caso de Ricardo Conde) possam se compor com os candidatos majoritários nas pesquisas e garantir um naco de poder (caso de Paulo Borges), pois no nossso país não se transferem cem por cento dos votos, mas um certo percentual sempre é transferido. Vamos aguardar até a última pesquisa, mais próxima das eleições; vamos aguardar o início da campanha eleitoral; vamos aguardar as decisões judiciais; e vamos aguardar os apoios políticos, que então dar-nos-ão um quadro mais autêntico, mais próximo do que acontecerá nas eleições de Guarapari (e que Deus se apiede dela). Madeira
quinta-feira, 19 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(futebol:BrasilxArgentina
Não dá mesmo pra esse cara jogar pela seleção brasileira de futebol?
Brasil X Argentina, eliminatórias. De fato, fica difícil chamar de seleção brasileira de futebol aquele amontoado de jogadores medianos, que na falta de técnica igualaram-se aos argentinos na base do vigor físico, pelo menos não nos envergonhando no quesito brio, como no jogo com o Paraguai. Primeiro pressupõe-se que seleção é a escolha dos melhores nas respectivas posições, o que observo não ser o caso entre os selecionados. Desse time que jogou, poucos são no universo de jogadores brasileiros os melhores das posições. Tudo bem, leve-se em conta que alguns dos melhores não desejam jogar pela seleção, por relaxamento físico ou por já estarem ricos e vitoriosos. Mas mesmo assim temos muitos jovens melhores e loucos para jogarem na seleção (talvez quando ricos também não o queiram mais). Desta seleção aí, dos titulares, apenas dois ou três possuem a condição de serem selecionados, ou seja, são os melhores na posição. A culpa dos que lá estão não é deles. É respectivamente do treinador, que os escolhe, e do presidente da CBF, essa figura que como muitos apareceu do nada no futebol brasileiro, e de repente virou dono da CBF. Quem êle era, no nosso futebol, antes de ser genro do João Havelange? Em segundo lugar, pressupõe-se também que o treinador da seleção brasileira é o melhor treinador do país (alguns países até os trazem de outro país, pois tem de ser o mais competente, o mais preparado, o mais vitorioso). Isto de novo não acontece. Êle é apenas um ex-jogador medíocre, com algumas características de líder (não é um líder), acima de tudo rude no trato e com critérios de escolha e escalação baseados, unicamente, em jogadores do mesmo perfil dele, enquanto jogador. Êle não é burro como a torcida grita. Êle é apenas aquilo, só tem aquilo para dar como treinador. Raça, luta,correria( nem isso contra o Paraguai tivemos), má escalação, péssimas substituições e pronto. Como boleiro (Renato Gaúcho nesse ponto é igual), tem a preocupação de não queimar o jogador, de prestigiá-lo, mesmo que isso signifique derrotas (ontem até me surpreendeu tirando o Diego, o que foi burrice, pois colocou um lateral mediano para armar o time...). Com isso vamos ladeira abaixo, nossa credibilidade caindo, sendo o nosso futebol ridicularizado e correndo riscos de não nos classificarmos pela primeira vez na história dos mundiais. Nenhuma jogada ensaiada (uma simples ultrapassagem pelas laterais, se não é pedir muito), nem em bolas paradas, num jogo em que o Julio Batista foi o melhor jogador do Brasil. Estão brincando com a torcida brasileira. Atenção, preparem-se para mais um vexame olímpico... Madeira
atualidades-comentários-madeira(abomináveis Lula e Jobim)
Sugestão para esses sujeitos: pela vergonha, saco de pão na cabeça
Ontem, em falas às estações de TV, tanto o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, como o Presidente Lula, ao se referirem à besteira feita pelo jovem (e despreparado para essa missão) tenente do EB, no Morro da Providência, no Rio, identificaram o fato como abominável, (foi bem combinada a terminologia entre os dois). Abominável (detestável, torpe, mau) foi o ocorrido. E o é. Mas não é só a entrega dos jovens aos traficantes e o assassinato deles. Abominável tem sido a condução dos destinos por êsses homens públicos e as quadrilhas que os acompanham. Na área do Ministério da Defesa, nas Forças Armadas os irrisórios salários são abomináveis (um general ganha muito menos do que qualquer servidor de fim de carreira, de qualquer ministério). É abominável o estado de penúria dos equipamentos de combate, obsoletos, sem manutenção. É abominável a falta de treinamento pela inexistência de verbas (aviadores militares não cumprem o treinamento mínimo por falta de combustível e de condições de vôo dos aviões). Abominável é a condição de navegação das naus e a falta de condições de treinamento dos nossos marujos, da nossa Marinha de Guerra. Mas o nosso sábio Ministro da Defesa se exibe, em todas as ocasiões possíveis, desfilando impávido e forte perante as câmeras, ao invés de posicionar-se com firmeza, exigindo as condições de trabalho - e se não as consegue, que entregue o cargo. Mas isto também para êle é abominável; deixar os títulos,o cargo de Ministro? Nunca... Vaidade é teu nome, senhor ministrinho. E o nosso popular primeiro mandatário, que não manda porra nenhuma e sim concilia, agrada, não diz não a ninguém, nem a nada, e perdoa todos os desmandos dos amigos incapazes, seus auxiliares. Consegue ainda o feito de ter o direito a receber a restituição de imposto de renda e ser o primeiro a recebê-la. Isso é que é abominável e desonesto. Receber aposentadoria especial, bem acima do teto, não gastar um tostão furado como presidente (o que é errado, pois existem despesas pessoais e de familiares) e exorbitar nesses gastos (é só ver o que é bebido e comido, fora outros gastos, tipo roupões de banho importados), que são sigilosos por serem vergonhosos, para se ver bem o que é ABOMINÁVEL. Tomem vergonha na cara, parem pelo menos de ser demagogos e respeitem a inteligência da classe média nacional. Madeira
quarta-feira, 18 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(religiãoxreligiosidade)
"Cês acham que sou maluco? Qué isso!, sou maluco não..."
Religião X religiosidade: há alguns dias foi notícia que quatro adultos, entre vinte e cinco e trinta e cinco anos, invadiram um centro espírita no Catete, Rio de Janeiro, e o depredaram, quebrando as imagens e ameaçando as pessoas que lá estavam. Sem dúvida fanatismo absurdo e com ações feitas em nome de Deus. Há uma grande confusão entre religião e religiosidade. Religião é o cumprimento prático de um conjunto de crenças oriundas de uma orientação, e comum a um mesmo grupo de pessoas. Pelo próprio conceito que especifiquei acima, temos a idéia predominante de um pertencimento a uma comunidade de pessoas que as aceitam, que a entendem como elo de ligação com o sagrado, com um ou mais entes superiores, divinos. Religião é coletivo, é grupal, é associação de pensamentos comuns, aceitos e respeitados pelo grupo que neles crêem. Religiosidade é o seguir preceitos religiosos, de uma religião, mas totalmente internos, de absorção e elaboração dos mesmos, sendo portanto individual, próprio, questão de consciência, de decisão íntima. Isto é claramente visto em qualquer celebração de qualquer religião pelos comportamentos dos assistentes; uns se entregam às ordens dos celebrantes, outros estão imersos, longe do que ali se passa, e muitos vão em todas as convocações; outros vão apenas quando tem vontade ou problemas. Todos somos religiosos, mas nem todos possuem religião ou a possuem só para informar ao IBGE, quando do censo. Há religião com religiosos e religiosos sem religião, mas nunca ninguém é obrigado a seguir de qualquer forma qualquer religião e aqueles que o fazem é porque são fanáticos ou deixaram fanatizar-se. Crer em algo, em um ser superior, é da natureza humana, mas negar o que há de errado em volta, no campo da religião, é perda dos sentidos e principalmente do raciocínio lógico. Vamos internalizar os princípios religiosos, respeitando a todos, e não seguir uma religião cegamente. E muito mais: vamos deixar que todas existam e tenham seus ritos, não buscando supremacias, nem a busca de uma única e verdadeira religião. Cadeia nesses fanáticos depredadores, criminosos - não se esquecendo de apurar a influência do pastor da igreja que êles freqüentam - nas ações efetivadas. Madeira
terça-feira, 17 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(ministro da defesaxvisita a favela)
"Cara de palhaço/Pinta de palhaço..."
No programa da TV Globo, Jornal Nacional, tive a grande decepção, mais uma, com um homem público brasileiro. Advogado, político, ex-ministro do STF, do qual foi presidente, o hoje Ministro da Defesa, que resolveu tornar-se ridículo desde que deixou a toga, quando passou a implorar um cargo público. O senhor Nelson Jobim foi à favela visitar as famílias dos jovens mortos, após incidente com pessoal do Exército. Patética, ridícula ação de folhetim, representação do mais baixo nível foi a feita por êsse senhor travestido de altíssima autoridade nacional, por escolha de outro pateta. Cercado de forte esquema de segurança, de terno e gravata, com a imprensa convocada a acompanhá-lo, subiu o morro procurando familiares das vítimas e observando as obras, obras que estão sendo garantidas pelo Exército (agora esta força é meganha e o morro foi federalizado). Entrou em uma casa, certamente alguém lhe disse que ali morava um parente de uma das vitimas, serviu-se de cafezinho em um copo de vidro pequeno de geléia, foi apresentado a uma mulher, que se disse tia de um dos rapazes (nem o nome dele falou) e em um diálogo de pouca inteligência, de nível paupérrimo, recebeu o pedido de justiça (só em nosso país justiça tem de ser pedida) e garantiu que ninguém ficará impune. Só pode ser demagogia, pois um ex-presidente da Corte Suprema sabe perfeitamente que ninguém pode garantir punição a ninguém. Absolvições e condenações são fruto de processos com ampla garantia de defesa, e de um julgamento, e não de promessas feitas por alguém que não tem nada a ver com o processado. Afinal de contas, o senhor Nelson Jobim é Ministro da Defesa ou juiz criminal de primeira instância? Quem é êle para fazer essas promessas? Deus ou auxiliar direto Deste? Chega de populismos, de cascatas, de mentiras. Será que um dia seremos um País sério ou seremos eternamente alvo de piadas, de chacotas pelos homens públicos que temos? Senhor Ministro da Defesa, por favor, ao invés de desfilar como dono da verdade, de passear pelo Brasil vestindo-se de general, trate de lutar pelo reequipamento das Forças Armadas, de, em consonância com o Estado-Maior das Forças Armadas, vigiar nossas fronteiras, por onde entram a maior parte das armas que matam milhares de homens honestos e as drogas que corrompem a polícia e viciam os jovens, enriquecendo aqueles que as traficam. Trate, enfim, de descer de sua empáfia e vaidade e trabalhar, isso já nos basta e para isso o senhor é Ministro. Madeira
atualidades-comentários-madeira(Exércitoxfavelas)
Vejam o tamanho da cagada que estão fazendo...
O Exército Brasileiro e as incursões em favelas
Favela é um tipo de vegetação, comum no sertão nordestino, que é enroscada uma na outra, ficando assim disforme e com altos e baixos, sem qualquer padronização ou similaridade ao se olhar. Daí o nome ter chegado às construções dos morros do Rio, trazido por combatentes cariocas envolvidos em lutas naquela região (exemplo:
Canudos), que compararam as casas nos morros cariocas com as plantas denominadas favelas. Nestas está inserida a maior parte da criminalidade existente no Rio, seja pelo grande aglomerado urbano, seja pela não indentificação das residências e das ruas, seja pelas inúmeras vias de fuga, seja principalmente pela inoperância da área social dos governos. As polícias não conseguem muitos êxitos nessa luta por uma série de motivos, de que falarei em outra ocasião, e agora vai o Exército meter-se nessa luta burra e o pior, por interesses politicos, por desejar o nosso grande líder nove dedos ser unanimidade nacional através de títeres, de seguidores fiéis e ambiciosos. O que tem o EB de estar lá? Com que treinamento, com que experiência? Apenas em uma comunidade isso está ocorrendo, e para atender a um bispo (desconheço essa hiererquia em igreja pentecostal e o preparo para atingir tal posto hierárquico) que é aliado politico (leia-se: dá votos para o líder maior) e que está de alguma forma conduzindo pretensas melhorias para a comunidade local (pretensas pela mania brasileira de dar o alimento, ao invés de dar meios para que o desprotegido social aprenda a ganhá-lo com o suor de seu trabalho). É óbvio que só podia dar merda. Um tenente com quatro anos de estudos na AMAN, com preparo para a guerra, com lavagem cerebral de superhonestidade, de justiça a qualquer preço, é colocado a frente de soldados imberbes, pueris ainda, e resolve que como salvador da Pátria não pode ter ultrajada a farda que veste, que todo aquele que comete algum delito tem de ser punido de alguma forma (assim êle foi treinado, assim foi lhe incutido), e resolve aplicar a punição que dentro de uma lógica que não conhece acha justa. Agora êle é o único culpado? E quem o mandou para lá? E quem aceitou fazer o serviço maculado eleitoreiro? A êsses nada vai acontecer, pois estão acima da lei. Sempre sobra para o mais fraco. O tenente errou e vai pagar provavelmente sozinho, pois os soldados cumpriram suas ordens e não tinham poder decisório nenhum. Junto com êle vai pagar o sargento (linha de comando), mas as vidas tiradas ninguém devolve e ainda vamos todos nós que recolhemos tributos pagar as indenizações que virão por aí. Tudo bem, gente, o tenente errou, o sargento errou, mas vamos punir também os irresponsáveis que os mandaram para lá, a começar pelo bobão atualmente Ministro da Defesa (veste-se de general com uniforme camuflado e fica segurando cobra grossa na Amazônia) e o espertalhão atualmente no cargo pomposo de Comandante em Chefe das Forças Armadas, que de nada sabe nunca, que nada mandou e que perdoa todos os amiguinhos que erram, pois estes são apenas uns aloprados que não fazem mal a ninguém (segundo êle), mas que prejudicam continuadamente a nação toda pelos furtos e pelo exemplo imoral dado. Madeira
segunda-feira, 16 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(seleção brasileiraxeliminatórias)
Torcedor da seleção brasileira de futebol masculino - domingo último, 18 horas
Seleção brasileira de futebol X eliminatórias: Domingo, quinze de junho, mais um vexame do futebol brasileiro, mais uma frustação do povo, de quem gosta de futebol. Não vamos discutir o resultado, a derrota, o valor do time paraguaio, limitado mas decidido, fraco tecnicamente mas exemplar taticamente, jogadores sem nome internacional mas entregues de corpo e alma à contenda esportiva. Vamos colocar na mesa a verdade do que se espera de atletas milionários, que gozam de todas as mordomias possíveis e inimagináveis para a massa popular, que é quem os sustenta com a paixão clubístíca e patriótica. Atletas, o futebol atual é constituído de atletas, a maioria bem ruim de bola, mas forte e bem preperada fisicamente, e não mais de virtuoses como eu conheci, num futebol descaracterizado de sua arte na essência e valorizado na área da força física, e de um mercantilismo imenso, eivado de interesses escusos, comerciais até a medula, de desonestidade; enfim, mais um negócio que um esporte. Nesta seleção brasileira não temos mais jogadores de futebol
(nem falo em craques, em extinção por culpa dos dirigentes, dos técnicos de base e dos agenciadores de jogadores), mas de quem quer jogar para ganhar títulos e não transferências milionárias, que tenham salários pelo que apresentem em campo e não de mídia, de propaganda. Quero jogadores que não beijem o escudo de cada clube que os contrate, mas sim que respeitem esse escudo pelo esforço, pelos treinamentos à exaustão, pelo comportamento de homem, tanto fora de campo quanto dentro. A seleção deste domingo mostrou, muito claramente, um mau comportamento, com um desinteresse claro, sem maiores esforços, com uma clareza mediana de que o resultado não era importante, pois já estão todos consagrados, ricos e, afinal, perder e ganhar faz parte do jogo. É óbvio que sim, mas é também óbvio que isso deve ser o resultado do conseguido com hombridade, com capricho, com esforço, com vergonha na cara, algo que justifique envergar uma camisa nacional e ser um profissional, ou seja, aquele que vive de seu trabalho. E isso não houve, todos burocráticos, todos pensando no retorno próximo às belas e modernas cidades do Primeiro Mundo onde moram e ganham em euros, e achando tudo muito normal e passível de aceitação. Mas não o é. Ah, que saudades do tempo em que tínhamos craques, mas mais do que isto, homens capacitados a não se entregarem, a não se acomodarem, que buscavam a vitória com denôdo, sem descanso nem vedetismos, que respeitavam os espectadores/torcedores. Saudades de craques (nem vou citar Pelé e Garrincha) como Nilton e Djalma Santos, Didi, Zito, Castilho, Gilmar, Rivelino, Gerson, Leandro, Zico, Falcão e outros que ainda hoje são exemplos de astros e que sempre jogaram muita bola e se esforçaram, mesmo ricos, e de homens que deram mais do que podiam para honrar essa camisa, como Vavá, Belini, Pinheiro e De Sordi, que vestiram essa camisa e se consagraram pelo brio, pela vergonha na cara, mais pelo esforço do que pelo futebol. Quanta vergonha sinto desses pseudocraques, ricos financeiramente, mas pobres de espírito e de comportamento. Madeira
atualidades-comentários-madeira(amizade)
Amizade: um dia destes, em família, Cintia (filha)e Taís (neta) distraíam-se respondendo um questionário jornalístico e pediram que eu também o respondesse. Uma das perguntas era para que eu indicasse um amigo. Antes que eu pudesse fazê-lo o Caio (filho) interrompeu e, como sempre com sapiência, lembrou que em amizade não é possível ter-se apenas uma dominante. De fato, amizade é um vínculo complicado, muitas vezes inexplicável, que une uma série de sentimentos, comportamentos, ligações comuns no viver, mas que encontram entre duas pessoas contornos especiais, diferenciados. É um misto misterioso, cúmplice de pensamentos comuns, de identidade similar, de admiração, de respeito mútuo, de cuidados, de saudade repentina, de uma alegria incontida ao encontrar o amigo, seja de imprevisto, seja combinado. É um sentimento duradouro, que não termina, que se prolonga para todo o sempre, ainda que muitas vezes entremeado por separações próprias da própria vida, tais sejam mudanças, falecimentos. É na verdade algo indescritível, que permanece no recôndito de cada um ligado por esse sentimento, que nos faz quando juntos relembrar a alegria de criança, o carinho dos pais, os cuidados dos irmãos mais velhos, a proteção divina, o olhar de proteção dos avós. Amizade é muito mais do que um sentimento para se guardar no coração, como disse o cantor: é para guardar-se em todo o ser, cultivando-a como uma linda e aromática flor e cultuando-a com a fé própria de um sentimento eterno, de origem celestial. Amigo é amigo, daquele que não espera o momento ruim para oferecer o ombro, nem o bom para sorrir junto; é aquele que está sempre disponível, sempre ao alcance da mão, dos pés, das palavras, dos ouvidos, sempre pronto, mas pronto mesmo para o que der e vier. O maior amigo que temos é o Criador, a nós ligado dia e noite através de nossos mentores; depois, na carne, nossos pais, avós, irmãos e alguns poucos que sabemos reconhecer pela dedicação a esse elo de amizade, pelo olhar, pela entrega, a maioria das vezes silenciosamente gritante e em outras pela ostensiva felicidade de ser um amigo. São poucos, a maioria é colega, companheiro, que logo desembarca da composição da nossa vida, mas alguns fazem toda a viagem junto a nós e mesmo depois de desencarnados continuam a pedir por nós, a interceder por nós junto a quem tem mais poder. Estes comentários são para todos os meus amigos do sexo masculino, mas para alguns mais em especial, uns já na eternidade, como meu pai, João Dias Pereira, Egydio de Souza Fernandes, cunhado e compadre e Altamir Balbino. Outros bem próximos, na carne ainda, como meu irmão, Sidônio Barroso, Oswaldo Mattos, compadre, Caio Fabio Coelho Dias, meu filho. Viva a Amizade. Madeira
sexta-feira, 13 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(a nova CPMF)
Vá ser incompetente assim na casa do c...!
CSS: ou qual seja o nome desse novo imposto, trata-se na verdade de mais um achaque ao bolso do brasileiro. É óbvio que os governos têm que cobrar tributos, e o é por ser essa a forma de arrecadarem e de terem verbas para aplicarem em programas que devolvam o arrecadado ao povo em forma de prestação de serviços. Também o é que tem que ser arrecadado mais de quem tem mais e menos ou até nada de quem nada tem. Também o é de que devem existir programas sociais, que além de prestar serviços públicos, distribuam renda. Até aqui tudo correto, tudo certo. Nem deve haver, do meu ponto de vista, qualquer reclamação maior da quantidade de cobranças, de valores, de tributos existentes. Em países mais adiantados( aqui não falo de imitações, mas de observações, de análises que conduzam a um aprendizado) também é muito alta a tributação. O X do problema e da irritação popular, principalmente da classe média, que é a verdadeira condutora do progresso de uma nação, é o que é feito com o arrecadado, onde é aplicado esse montante. Nesse quesito, para mim o que é importante, os nossos governos, em todos os níveis (federal, estadual e municipal),são altamente incompetentes e mesmo desonestos. Os exemplos disto são inúmeros, incontáveis, e na citação a seguir, certamente esquecer-me-ei de muitos. Mas vamos logo aos principais, aos mais gritantes: excesso de funcionários, principalmente de cargos comissionados. Êstes deveriam ser apenas para um primeiro escalão, ministros, os demais teriam de ser de funcionários de carreira, escolhidos para as chefias por critérios claros de antiguidade e merecimento, apurados, ou por eleição entre os pares, sempre levando em conta processos seletivos de competência funcional. Com isto acabar-se-ia com incompetentes, com políticos derrotados exercendo funções públicas que desconhecem e para as quais não têm a mínima condição. Qualquer empresa do mundo que é bem administrada é enxuta, sem pessoal em excesso. No Brasil, além de ter servidor público demais, os têm mal preparados, e com isso vem a má prestação de serviços que já torna injustificada nossa tributação atual. Outro foco de mau gasto do arrecadado está na gestão dos gastos de despesas correntes, com equipamentos e materiais e nas famosas (mal afamadas) licitações. È comum assistir-se a notícia de equipamentos comprados e não instalados, deteriorando-se (e ninguém é responsabilizado, punido), de licitações fraudadas, de compra de materiais em excesso, de obras faraônicas, de pontes ligando nada à porra nenhuma e ???, nada, fica tudo por isso mesmo. Por que nas empreass privadas isso não ocorre? Porque há seriedade, porque ocorrem punições. O pior é o mau exemplo e protecionismo vindo das mais altas autoridades do País: nada sabem, determinam que quem rouba é um aloprado e o pior, dão um exemplo aterrador, visto nas compras do Palácio do Planalto de peças de grande luxo e quantidades pirotécnicas, como X (não lembro o total exato, mas dá para um batalhão) roupões de saída de banho turcos. Estão brincando conosco, repito, não pelo que nos tiram, mas pela forma que gastam. Isto tudo é muito fácil porque ninguém tem que se preocupar com a qualidade do produto (êle já vai maquiado para as classes C,D e E, como presentes de um grande papai, bolsas-família e outras benesses feitas com o bolso da classe média), nem em como arrecadar, pois é preciso apenas uma caneta e meia duzia de apaniguados, de puxa-sacos,de ladrõezinhos para votarem e aprovarem qualquer coisa em troca de emendas, emendas que lhes permitam também fazer suas benesses, que lhes renderão votos, em um círculo vicioso infindável. Nada justifica novos tributos, o que se necessita é vergonha na cara e uma administração profissional, de preferência sem médicos à frente (vide a UNIMED, que é uma fábrica de fazer dinheiro), que a saúde, com o dinheiro que recebe, que já tem, vai dar certo, vai deixar de ser uma das vergonhas nacionais. Madeira
quarta-feira, 11 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(defesa dos acusados caso Isabella Nardoni)
A defesa dos acusados da morte da menina Isabella Nardoni parece-me que está, o que é um direito dela, buscando confundir e tumultuar os procedimentos judiciais. De início já vejo os advogados de defesa muito jovens e assim com muito pouca bagagem, pouca rodagem para um caso de clamor público. Parece-me inclusive que são totalmente guiados pelo pai do acusado, advogado experiente, não da área criminal, mas conhecedor do Direito Pátrio e de suas peculiariedades. O êrro, na minha opinião de professor de Direito e de ex-autoridade policial, é que êles estão tentando desmerecer o inquérito policial, quando deveriam esperar os passos do processo, as etapas que permitissem essa ação. Ao atirarem no inquérito policial estão mostrando a linha de defesa e dando tiros nos próprios pés. Vejamos: o terceiro perito, ou perito da defesa, é legal e deveria ser contratado, mas as conclusões deveriam ter sido guardadas para a contradição processual e não tornadas públicas de forma deselegante, e que mostrou no debate público mais erros dos peritos contratados do que da perícia oficial: gol contra, pois virou mais ainda a opinião pública contra os indicados como autores. O inquérito policial é peça informativa e portanto mera base para oferecimento da denúncia, para indicação de testemunhas e anexação de documentos, não precisando ser desqualificado, pois não é instrumento processual, salvo como fonte de consultas, como peça informativa inicial do processado: novo gol contra, pois deveriam deixar aparecer as provas processuais, os testemunhos e estes sim serem desqualificados. O importante é a defesa conseguir a absolvição, mesmo na linha de negativa de autoria, e para isso ficar insistindo na tese de uma terceira pessoa é errôneo, pois não cabe a ela descobrir o autor e sim defender os processados. Além disso, um terceiro suspeito teria de ter motivo para cometer o crime e tempo para fazê-lo, o que definitivamente não teve. Cada vez mais estão virando todos contra e perdendo tempo para a análise do processo, esquecendo-se que cabe a êles apenas convencer os jurados de que seus clientes não foram os autores. A justificativa para essa estratégia da defesa (de acusar uma terceira pessoa, de acusar a polícia do apurado no inquérito e de tentar desqualificar os laudos) é a de que esta já possui a certeza de que os acusados irão a um júri popular, hoje totalmente contra êles, e assim colocar dúvidas na cabeça do povo, dos prováveis jurados, lançando os acusados na posição de vítimas da polícia e da opinião pública, o que creio que com essa estratégia não vão conseguir. Eu entendo, portanto, que o momento de dar entrevistas, de fazer acusações, de tentar desqualificar o até aqui apurado não é agora, mas no decorrer do processo, no momento das inquirições das testemunhas. O melhor teria sido agir nos bastidores, deixar a opinião pública esquecer um pouco, amornar; ou seja, usar técnicas para reverter a situação e não continuar no emocional do povo, buscando mudá-lo. A única coisa que me leva a crer nessa estratégia é a possibilidade de que êles saibam a verdade (e devem saber, pois os acusados não a escondem de seus defensores), daí o medo de que êles, principalmente a mulher, não aguentem e confessem, se não a autoria, pelo menos o que ocorreu. Madeira
terça-feira, 10 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(FFAAxhomossexualismo)
Doses cavalares de hipocrisia
As Forças armadas e o homossexualismo: nos últimos dias tem sido assunto dominante na mídia um caso envolvendo dois sargentos do Exército Brasileiro, que se declararam homossexuais e disseram-se perseguidos pelos seus superiores por essa opção sexual. Ao analisar o caso saltam aos olhos várias incongruências nas afirmações dos mesmos. Primeiro que o fato já existe há no mínimo dois anos, pois um deles mesmo afirmou isto, dizendo saber ser desertor(aquele que abandona a farda, por vontade própria, sem cumprir os trâmites legais para tanto) há dois anos, tempo em que não comparece ao trabalho (ao quartel) e não tinha havido qualquer discussão pública a respeito. Segundo, quem levou o caso para a publicidade, abandonando os passos de lei foram êles, o casal gay, e aí cabe a pergunta: por quê? É óbvio, como no caso da morte da menina Isabella e os peritos da defesa, o foi para buscar apoio do povo, da opinião pública, para dificultar, tumultuar o processo, pois deserção é crime militar. Para tanto, sabendo, conhecendo da legislação militar, conseguiram, em um programa de TV de gosto duvidoso (sensacionalista) uma entrevista ao vivo, que também sabiam ser ilegal perante as leis militares. Tudo isso, fica óbvio, para se dizerem, face à ação legal posterior das FFAA, vítimas de homofobia. O caso ficou tão claro que as próprias entidades de defesa dos homossexuais fizeram pouquíssimo ou mesmo nenhum barulho a respeito. Depois dessa entrevista com um preso (por ser desertor e não por ser homossexual, o que quer dizer que mesmo um heterossexual também o seria), o outro foi para o Congresso Nacional "queixar-se" da discriminação sexual e de perseguição, sendo acompanhado pela imprensa. Frise-se também - e o mais importante,
segundo meu entendimento - que os dois são sargentos de carreira, formados na escola de formação de sargentos e portanto conhecedores da legislação militar (e o que podiam fazer ou não), o que era crime (no caso a deserção) e nunca foram enganados em nada, tanto que buscaram de cara defender-se com alegações politicamente corretas. Certamente o EB já sabia de sua homossexualidade, pois viviam juntos há dez anos e os aceitou, desde que cumprissem as leis e regulamentos militares - o que não ocorreu. Êles tinham e conheciam os meios para deixar o Exército, e sabendo das dificuldades que podiam existir, tal como tranferência para servirem em lugares distintos (e todas as demais dificuldades que poderiam surgir), optaram por (subrepticiamente) deixar o tempo correr e tornarem-se vítimas, o que definitivamente não são. As desculpas são esfarrapadas, tais sejam não confiarem nos médicos do Exército, serem vítimas de repressão (quais? Não nominam e não existem, pois somente o criminoso militar está preso, o outro continua desfilando por aí e buscando apoios), falando ao celular, dando entrevistas aos jornais, conseguindo bandeiras e os quinze minutos de fama. Mesmo que a deserção não fosse caracterizada,
para quem tem brio o simples fato de não ser bem aceito em um local deve ser o bastante para deixá-lo. Tomem vergonha na cara, peçam baixa, encarem a vida civil e parem de se fazer de vítimas. Madeira
segunda-feira, 9 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(futebol)
Eurocopa: jogos insossos,nos quais um time faz um gol e de imediato cai na defesa.Conclusão:os treinadores são todos iguais...No entanto algumas grandes diferenças saltam aos olhos.O comportamento das torcidas que,sabedoras das sanções fortes e da ausência de quebra-galhos,de compaixão na aplicação das penas,mesmo sem grades,cercas,fossos,não invade o campo em nenhum momento,quer nos de euforia,quer nos de raiva.Exceções ocorrem e são punidas com fôrça.Jogadores que não simulam faltas,com cenas acrobáticas,dignas de um filme de bang-bang de terceira categoria e que quando atingidos,dificilmente,ficam estirados no chão,após cinco,seis cambalhotas,como no Brasil.Jogadas esticadas,com passes longos o mais das vezes perfeitos,quando há jogada de contra-ataque,por exemplo na volta após um escanteio mal cobrado,alternadas com passes curtos,sem erros,quando há necessidade de se concatenar a jogada(a Holanda deu um show nesses aspectos contra a Itália; também, é treinada por um dos maiores centro-avantes recentes,Marco Van Basten).Jogadores que sabem jogar,nem todos craques,mas competentes no que fazem,dotados de boa técnica e que treinam,treinam,treinam,ao invés de ir para a noite.Goleiros que não dão saltos mortais ou enfeitam as defesas jogando os pés para trás ou para o alto em bolas que foram em cima,como o da Holanda(Van Der Saar) e o da Itália(Buffon).Enfim não estou assistindo nemhuma maravilha,mas estou assitindo jogos jogados(sem cêra e palhaçadas),praticado por homens e não meninos mimados,por atletas e não por modelos,por gente que respeita a camisa que veste(não a beijam ao assinarem contratos milionários,pois êstes estão beijando a conta bancária),mas dão o melhor de si em prol do time,da seleção,homenageando assim os torcedores,que são quem os remuneram,em última análise.Não tenho mais vontade de assistir futebol,em especial o brasileiro,ninho de dirigentes vagabundos,desonestos,de treinadores incompetentes,mas com fama midiática e de jogadores desleixados com a forma física e os treinamentos,mas endeusados,graças aos seus assessores de imprensa.Estamos na época do jabaculê no futebol(pagamento por fora para divulgar músicas,peças de teatro,filmes,feito pelos empresários).Vergonha e baixo nível no futebol nacional.Madeira
atualidades-comentários-madeira(futebol)
Futebol:assisti neste final de semana algumas partidas de futebol e deposito minhas impressões a respeito de duas,pois são mais aulas de filosofia e sociologia que de futebol.Elas nos mostram como o ser humano é imperfeito,vaidoso,convencido,dono da verdade,senhor da razão.Primeiro a seleção brasileira e o vexame histórico da derrota para a Venezuela por 2x0.O nosso emérito treinador,Dunga(parecido logo no nome com Sir Alex Fergusson),tem suas convicções,o que é direito dele,e tem se aferrado a elas,sendo de nosso direito,a partir daí,exigir que a seleção nacional tenha os melhores atletas convocados,dentre estes os melhores escalados,bem treinados e com mexidas táticas quando necessário.Isto não ocorre.Não temos os melhores convocados(será que não existem mesmo,como já denunciado várias vezes,interesses empresariais?),nem escalados,nem substituídos,nem padrão tático e de parte dos atletas o melhor do empenho(não foi para isto que o Dunga foi escolhido,para simbolizar e exigir raça?). Vexame: time perdido,nenhuma jogada treinada,sem vontade,jogadores que nunca poderiam vestir a camisa nacional.Será que João Saldanha não deixou nem um mínimo de modelo? Seleção é a reunião dos vinte e dois melhores já definidos, posição por posição, e estamos conversados.Tem alguém machucado?Faça-se uma lista dos vinte e dois seguintes e pronto.Experiências em seleção?Brincadeira.As Olimpíadas vêm aí e certamente virá mais um vergonheira nacional.Qual é o time olímpico? Falta tempo para treinar? Se forem convocados os melhores e escalados,mesmo com poucos treinos êles se entendem e resolvem isso (vejam 58 e 70).O outro jogo foi Flu X Grêmio.Outro treinador em foco.Renato ainda tem de pegar muita estrada para ser um treinador.Tem melhorado,mas ainda é um boleiro,que antes de buscar o melhor para o time pensa como jogador,em melindres,valorização profissional,"after day".Êle não pensa na massa humana de torcedores que faz um time existir, que o sustenta,na obviedade do futebol,que é uma técnica e portanto para dar certo tem de ser treinada,treinada e treinada.Isso não é dando folga e levando para piscina que se consegue.Vide a NBA,vide Bernardinho,vide Mestre Telê(coletivos e coletivos).Tem jogador no Flu sendo tratado como adolescente rebelde,que está precisando de carinho,de cuidados,de mamadeira e caminha quente,quando está precisando é de mais e mais trabalho,treinamento a fundo,repetições até acertar.Tem gente que não acerta cobrar um escanteio,um lateral,não dá um passe certo,nem de três metros,errando tudo,por displicência,nitidamente por falta de treinamento e o pior, pensando que é craque e sendo afagado,erro após erro.Vamos treinar mais e mais,jogar todos os jogos,criar jogadas.Os exemplos do Zico e do Dinamite estão aí:Zico não ia para o vestiário após o coletivo enquanto não treinasse faltas,batendo cerca de setenta,oitenta até escurecer e, se não tinha goleiro,pendurava uma camisa no ângulo da trave e continuava.Vergonha na cara, gente.Em vez de jogar futevôlei na praia,vamos treinar e colocar todos para treinar.Imagine um profissional de qualquer profissão que não se atualizasse,que não se preparasse convenientemente para seu dia-a-dia.Pois é isso que está acontecendo no futebol,meninos mimados,prima-donas com seus cabelinhos pintados,penteados exóticos,tatuagens,carrões,e sem dar o retorno que deveriam dar.Vergonha na cara,gente.Madeira
sexta-feira, 6 de junho de 2008
atualidades-comentarios-madeira(torcida do Flu)
"Meu Deus!"
Torcida do Flu:no espetáculo do jogo versus o Boca,mas uma vez viu-se a importância de uma torcida.Os cânticos,as bandeiras,as homenagens das bandeiras(Nelson Rodrigues,Chico Buarque,outras),mas principalmente o comportamento,sintetizado na presença de crianças,de famílias no estádio foi empolgante,exemplar.Com a violência dominante em todos os momentos atuais,em especial nos jogos de futebol,com as horríveis "torcidas organizadas"(organizadas para brigar,para serem grosseiras,mal-comportadas),que utilizam a internet para marcar brigas,em um ato de ignorância máxima,de boçalidade extrema,é uma felicidade encontrar-se um ambiente daqueles,de irmandade,de respeito.E não me digam que foi porque era jogo de uma torcida só,pois nos jogos de outros times do mesmo tipo êles brigam entre si.Infelizmente no Flu ainda existem algumas organizadas que também são boçais,mas é a exceção à regra.A torcida do Flu além de ser imensa e organizada é de fato de elite,elite no comportamento,salvo essas pequenas exceções.Aliás essas estatísticas de tamanho de torcida são facciosas,feitas apenas de números,para vender jornal,não são a realidade e é fácil de comprovar.Um fato foi o descaramento da imprensa que omitiu no brasileirão do ano passado que em todos os jogos do Flamengo no Rio os ingressos eram subsidiados por uma marca de leite em pó(que só pobre compra),não pagando assim os urubus o valor do ingresso e assim comparecendo em massa,antes do assalto da noite.Por outro lado a quantidade de flamenguista é por ouvir dizer,ou seja,muitos que não acompanham futebol ou gostam ou entendem,quando questionados por qual time torcem,fazem um recall,ou seja repetem o que a imprensa faz para vender jornal,dizem ser Flamengo. Êstes não resistem a duas perguntas sobre futebol ou sobre o próprio Fla.Se fizerem alguma pesquisa qualitativa a torcida deles some,fica insignificante.É fácil ser populista,vender jornal,votar no Lula,difícil é ser inteligente e isento,reconhecendo e tendo comportamentos decentes,como o Zico(não é a tôa que é filho de portugueses e por êles educado),que não fez como os bobos que criaram a Fla-Boca,não sei em troca de quê e sim reconheceu que somos,primeiro nosso time,depois o time do Rio,depois o do Brasil.Valeu torcida educada,torcida que fez justiça ao nome de torcedor(para quem não sabe como muitas outras coisas,que só um time de tradição,de história,pode fazê-lo),pois esse nome veio das tribunas do glorioso estádio das Laranjeiras,onde as senhoras das famílias que iam ver os jogos do Flu,no início do século passado,elegantemente vestidas,com seus lencinhos de seda,ao verem o time ser atacado ou estar perto de marcar um tento,torciam os mesmos de nervosismo,daí originando-se o nome de torcedor e torcida.Madeira
quinta-feira, 5 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(Fluminense)
Fluminense:ontem ocorreu no Maraca o jogo de volta entre Flu e Boca Juniors,pela Taça Libertadores.Não o vi,preferindo,como de hábito meu em jogos decisivos, preservar meu coração das emoções fortes inerentes a tais jogos e também para poder depois,friamente,ver o tape do jogo e ler/ouvir os comentários dos "experts".E como tem sábio,conhecedor profundo,comentando futebol...Gente que nunca chutou uma bola,nunca disputou um título,nunca ouviu uma vaia,nunca perdeu um gol ou fez uma grande defesa,comenta,analisa,julga os atores principais,os jogadores,técnicos e outros envolvidos nos espetáculos.Certo que podem haver críticos bons sem terem passado pelo assunto,mas isso é apanágio de poucos,que tem equilíbrio e preparo para tanto.Infelizmente não é o caso do Brasil.Hoje temos antigos reporteres de campo(nada contra essa categoria importante pelas informações,pelo faro da notícia)que tornam-se donos da verdade(alguns chegam a presidente do clube onde trabalhavam como Kleber Leite e ficam ricos...),sem conhecer a emoção de defender uma camisa,de praticar aquilo que comentam.Mutatis mutandis,como os padres católicos que ensinam homens e mulheres a como comportarem-se no casamento e a como educarem os filhos,sem nunca terem se casado e sido pais.Desculpem-me,mas não acredito nesses teóricos,com raríssimas e sérias exceções.Bom,no jogo de ontem falam em domínio do Boca e o que isso representa no futebol?Apenas números,nada mais.Na verdade o que é mais importante é o resultado final alcançado,sendo esses números mais importantes para jogos futuros do que para aquele já findo,como ocorreu ontem.Se analisarmos as oportunidades de gol o Fluminense teve tantas como o Boca,no quesito,que só quem jogou reconhece,de realmente poder sair o gol.Somente Dodô,em poucos minutos de jogo colocou duas por cima da trave e uma rasteira pelo lado,muito mais perigosas,que as inúmeras e sem imaginação jogadas aéreas e cabeçadas para o gol feitas.Junior César colocou na trave,em jogada individual.Pressão e tempo de bola o Boca teve,mas à exceção da jogada do gol a maior parte previsível,que tanto pode cair na cabeça do atacante como na do zagueiro.Pressão e domínio são também parte da psicologia do jogo,das necessidade de chegar a um resultado,portanto fator normal e que nada tem que ver com merecimento ou sorte.A realidade é que foi um jogo de nervos(óbvio),de chances mútuas,de competência(tanto as defesas de um goleiro,como os gols perdidos ou feitos são competência,treinamento,nada de sorte,isto é conversa de arquibancada).Outro fator forte é o emocional,que no entanto só pesa até o início do jogo,pois depois,aqueles que já tem experiência(caso dos jogadores do Flu),nem escutam mais nada,com a adrenalina a mil,atentos ao jogo e suas nuances.Na realidade em jogos decisivos tudo pode acontecer,desde uma goleada inesperada até uma decisão por pênaltis,pois jogo é jogo,momento é momento e resta comentar as atuações dos jogadores,sem teses mirabolantes,sem buscar méritos,pois quem vence sempre fez por merecer.O Flu ontem mereceu,foi mais consistente,sabia o que queria e como conseguir,teve atuações impecáveis(FH sempre foi goleiro titular das seleções brasileiras de base,não podia ter esquecido;Thiago Silva,tanto pela técnica refinada como pelo amor à camisa);atuações firmes(Luiz Alberto;Junior César,velocidade,raça, vontade;Arouca,discernimento,simplicidade;Conca,categoria,vontade,não desiste nunca;Dodô,frieza,matador;Washington,coragem,força;Cícero,guerreiro,dono de um sentido de colaboração e de entrega incomparáveis);atuações boas,mas que podem bem mais ainda(Gabriel,Ygor,Thiago Neves),enfim êste foi o time ontem.O Boca foi um time argentino,do toco e voy,ou seja,de um toque de bola sútil,que impressiona,e da valentia portenha,admirável,que não desiste,que luta,que coloca o coração na boca,que não se entrega,união de técnica,categoria e raça,como não é comum vermos nos times brasileiros.Aliás dá prazer,para quem tem vergonha na cara ver qualquer time argentino jogar,pelo misto de arte e de amor.Madeira
quarta-feira, 4 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(Rio de Janeiro)
Rio de Janeiro:Ainda sobre o último fim de semana no Rio,perdi(ou ganhei?) um dos dias percorrendo a pé o centro da cidade,da mesma forma que tinha feito com as cercanias da Praça Saenz Pena.Outra decepção ou surpresa,não o sei,pois as diferenciações entre o meu Rio das décadas de cinquenta e sessenta,quando o deixei e a atual são gritantes,de gritos de dor.Sujo,depredado,prédios antigos fechados,abandonados,calçadas implorando por uma manutenção,pichações ilegíveis(ainda bem,pois não possuem mensagens),ruas sujas,tanto de detritos como da não varrição,barracas e barracas de camelôs,mal arrumadas,vendendo artigos dos mais variados e que não tem qualquer utilidade,são apenas coloridos e alguns barulhentos,para crianças,enfim um triste quadro.As recordações de lugares limpos,arrumados,bem frequentados,que fizeram a história do centro do Rio são muitas e fui buscá-los,já imaginando que não iria encontrá-los,devorados que foram pela especulação imobiliária ou por desinteresse dos antigos donos,face a deterioração da urbe.Metro Passeio,nada,substituído por uma loja sem qualquer beleza e mesmo funcionalidade.Mesbla,com suas poucas e bem montadas seções,nada,em troca um verdadeiro mafuá,entulhado,mal posto, de mercadorias das Lojas Americanas. Cinelândia,nada,dois cinemas,aparentando uma decrepitude incrível e os outros fechados,ou igrejas neo-pentecostais ou lojas de crédito fácil(arapucas).O Amarelinho resistindo,com o melhor chopp da cidade(era),mas sem um cuidado maior com as instalações.O Passeio Público,limpo,mas sem grandes cuidados com o verde,ou seja mantendo-se pela fôrça da natureza.A Lapa.essa sim,resiste,como uma velha senhora à chegada da velhice,mesmo assim,não sei se não resistiu ou minha memória não me permitiu reconhecê-lo,não localizei o bar onde Madame Satã fazia ponto e encarava e batia em guarnições inteiras da Polícia Especial,os chapeus vermelhos,tropa de choque criada pelo ditador Getúlio Vargas.Também resistem e em bom estado o Theatro Municipal,a Escola de Belas Artes,o Jockey Club,o Automóvel Clube.Mas enfim existe vida no centro querido do Rio,pois encontrei a Confeitaria Colombo,igual,do mesmo jeito das décadas vividas lá.Imponente,majestosa,feérica,com seus vidros que a tornam maior do que é e mais imponente.As escolhas são dificeis,tantos são os salgados e os doces,que de antemão já sabiámos gostosos.Eugenia come uma rabanada e eu meu idefectível mil folhas acompanhados com café com leite.Delícias,atendimento de primeira,limpeza,claridade,primeiro mundo à vista.Para maior felicidade vendia recordações e de imediato as buscamos para trazê-las como símbolos de um Rio que já não existe mais,a não ser em alguns pouquíssimos lugares.Um Rio que me viu nascer,onde abri os olhos para a vida,que eu vi crescer sem pressa e que me viu crescer,de um Rio de beleza incomparável,de vizinhos cordiais,dos bondes lentos,arejados,da padaria do portuga na esquina,da banca de jornais do italiano na mesma esquina,dos terrenos baldios para peladas,das matinês nos cinemas de bairro,enfim de um Rio tranquilo,de paz e amor,da carioquice,um Rio,que ainda que continue belo,não mais existe,somente nas minhas lembranças.Madeira
terça-feira, 3 de junho de 2008
atualidades-comentários-madeira(Rio de Janeiro)
O Rio de Janeiro de hoje:aproveitei o final de semana recente para visitar e rever o Rio em que nasci e residi,de 1939 a 1961,o Rio de hoje.Quanto ao urbanismo encontrei um Rio envelhecido,muito modificado,nos prédios e ruas.Aqueles tiveram as belas casas,com frentes verdadeiras obras de arte,consubstanciadas em jardins e varandas,substituidas por edificios,na Tijuca,minha referencia,de frentes de gosto duvidoso,onde se sobressai a frieza da preocupação com a segurança.As ruas antigas,do meu tempo de criança,estão também descaracterizadas para pior.Pisos em mau estado de conservação,calçadas irregulares,sujas,com cocô de animais por todo lado e lixo,nitidamente atirado por transeuntes,espalhado pelo chão.Trânsito ensandecido completa a péssima impressão em mim causada.Ah,onde está a beleza dos bairros acariciantes do Rio,com suas ruas limpas,casas conservadas,com aspecto tradicional,de arquitetura cópia da européia?Por que,em nome do modernismo e da segurança,abandona-se o calor da morada,o conhecimento da vizinhança,a boniteza da arquitetura,pela agressividade das formas de construção?Por que,em nome da pressa e em atenção a circulação de veículos há o esquecimento do lirismo de se andar a pé e de se transitar com calma?Não existe mais a minha Tijuca,onde os bondes rodavam com um barulho monótono mas seguro,ventilados,abertos,todos vendo-se e sem qualquer diferença social,hoje substituídos por ônibus fechados,por carros velozes, egoísticos,que levam uma pessoa por vez e que se sentem superiores aos pobres pedestres,que são vencidos,com sobras,por essas máquinas mortíferas,que transformam seus motoristas,seres humanos iguais,em cavaleiros do mal,envergando suas armaduras de aço.Prédios tradicionais foram tranformados,por interesses imobiliários ou por incapacidade de seus proprietários em entender essa mudança terrível de costumes,em prédios multifacetados ou em novas e horrorosas construções sem tradição,que certamente também serão transformadas em novas,logo em breve,pela ausência de motivo para existirem.São verdadeiros tiros no escuro.Cadê na Praça Saens Pena o Café Palheta,onde tomavámos o melhor sunday do bairro?A Sears,onde as famílias compravam as bijuterias,perfumes, artigos de toucador,com grandes mostruários?Os cinemas,desde o luxuoso Metro Tijuca ao poeirinha cine Tijuca,que nos permitiam,ver todos os tipos de filme e por variados preços?O bar e café Eden,local onde toda a juventude masculina da Tijuca aprendeu a jogar sinuca?O cine Olinda,onde não se podia ir ao banheiro masculino pois encontrar-se-ia sempre,no mesmo,uma bicha velha,implorando para dar um seguradinha ou algo mais,em troca de um dinheirinho,onde enfim estão todas essas minhas reminiscências de uma adolescência,onde não existia ficar,nem a ladroagem que hoje campeia?Ah,minha querida e lírica Tijuca,das peladas de rua na José Higino(onde passava um carro de dez em dez minutos);dos bailes de quinze anos no Tijuca Tenis Clube,com retorno,a pé para casa às quatro,cinco horas da manhã;dos passeios de bonde ao Alto da Boa Vista;das tacadas no Eden;dos musicais da Metro no Metro Tijuca;dos filmes brasileiros no cine Carioca;dos filmes de faroeste no cine América;das injeções de penicilina,na nádega,na farmácia Granado(para acabar com aquela gonorréiazinha safada,pega em uma incursão na zona do Mangue);dos lanches,finalizados com um big sunday no Palheta;enfim de tudo que não era cercado de perigos.Saudosista,não realista,pois se existem muitas coisas boas,fruto dos tempos modernos,foram mortas e sepultadas muitas excelentes de então.Madeira
segunda-feira, 2 de junho de 2008
atualidades-madeira(final de semana no Rio)
Final de semana de trinta de maio a primeiro de junho no Rio de Janeiro com muita amizade e muitas recordações.Saída de Vitória na sexta feira,trinta,chegada no Galeão e a agradável recepção do compadre-irmão Oswaldo.Almoço na casa dele de rei.A comadre Arminda e a afilhada Anna Luiza como sempre afáveis,alegres,amigas.Uma refeição que continha todos os ingredientes deliciosos necessários,daqueles que unem a alimentação à camaradagem,à união dos espiritos.Após um passeio no centro e um descanso vespertino no hotel,uma noite também gostosa.Fomos,eu e Eugenia,com êles mais meu afilhado de casamento,esposo de Anna Luiza,o Enio(pessoa muito querida por nós pela educação,tranquilidade,postura)ao teatro no shopping da Gávea,ao Teatro das Artes,assistir a peça "Dona Flor e seus dois maridos",baseada no iluminado escritor brasileiro Jorge Amado.Com,sentia-se,direção segura e profissional,uma atuação perfeita de Carol Castro como Dona Flor,de Marcelo Faria como Vadinho e Duda Ribeiro como Dr.Teodoro,personagens principais da história,apoiados em um elenco que brilhava tanto como êles,segurando as contra-cenas e as retomadas da história com um brilhantismo excepcional,foi um espetáculo muito,mas muito bom mesmo de assistir-se.A peça e a encenação transmitiram de forma integral,muitas vezes com emoção,até com seriedade,a maioria com uma alegria escrachada,debochada,essa conhecida história,sendo o elenco o responsável pela perfeita representação da adaptação do livro e pela dinâmica da mesma.Sábado,dia do motivo principal da ida a Cidade Maravilhosa,aniversário do compadre,apesar das informações de chuva,estas não vieram certamente em homenagem ao natalício dele.Almoço,de quase quatro horas no Rio's,mais conhecido como Porcão,no aterro do Flamengo.Dificil separar as coisas,pois lá houve e haverá sempre uma forte disputa entre uma variedade infinda e deliciosa de comidas e a vista da Baía de Guanabara,emoldurada pelo Cristo de um lado e o Pão de Açucar de outro.Tarde diferente,envolvida pela atmosfera de amor ao homenageado do dia.Ainda bem que não ocorreram discursos,se não eu certamente iria chorar de tanta emoção.Após essa maratona nada como o recolhimento ao hotel e tentar ver o time do Dunga(aquilo não é,nem será nunca uma verdadeira seleção brasileira).Não deu.Após um início horroroso preferi dormir(vejam se na época de Pelé,Gerson,Carlos Alberto,de todos aqueles craques isso iria acontecer...)No domingo pela manhã voltei a buscar meu passado no Rio,o que já tinha feito na tarde de sexta feira.Nesta andei o centro do Rio e naquela andei todo o entorno da praça Saenz Pena,onde nasci e cresci,mas isto é assunto para amanhã.Foi muito bom.Madeira
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