
A nova lei de trânsito estabelecendo índice zero de ingestão de álcool para motoristas é muito boa, restando saber como será a sua aplicação, ou seja, a seriedade com que as polícias e a Justiça a aplicarão. Os nosso costumes são tão frouxos quando se trata de cumprir as leis que até se criou, absurdamente, a tese de que existem leis que não pegam. Não pegam porque existem autoridades que não se dão ao respeito, protegendo seus apaniguados e com isso separando o cumprimento das leis entre os amigos e os desconhecidos. Daí outro ditado jurídico ridículo que é o aos amigos as benesses da lei, aos inimigos os seus rigores. Nada mais sintomático da frouxidão moral pátria do que este dizer, que ainda é repetido no universo do Direito. Nada mais justo, mais correto do que se responsabilizar todo aquele que não respeita os direitos dos outros, que não cumpre os seus deveres. É direito de todos não serem vítimas de acidentes fatais ou não, quando não os geram, e é dever de todos zelarem para que isso não ocorra. Nessa área de bebida alcoólica temos um outro exemplo de falta de respeito a lei, quando esta prevê a proibição de venda de bebida desse teor a menores e ísso não ocorre, bem como é proibida a venda a quem já está alcoolizado e isto também não ocorre. Certamente, dentro dessa brasilidade, muitos não acreditam na firmeza do cumprimento desta lei e a testarão, e só nos resta que, pelas inúmeras mortes acontecidas e pelo clamor dos parentes das vítimas, os infratores tenham de se haver com o rigor da Justiça e assim aprendam a cuidar dos direitos dos outros. Gostas de beber, não dirijas. Madeira
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