
É perna demais pra pouca calça
Cotas nas universidades: volto a abordar esse tema porque ontem, ao passar por um outdoor de propaganda de uma faculdade de Vitória, por sinal criada por um amigo já falecido e hoje dirigida por um filho dele, deparei com a propaganda centrada em uma frase forte, mas verdadeira, e que vem de encontro aos meus pensamentos. A frase: "O mundo vai ter cotas para você?". Batata, como diria meu pai. Vamos dar cotas nas universidades públicas a jovens que não estão preparados para cursá-las, por não terem tido um bom ensino fundamental e médio, e depois Subemprego? Desemprego? Vergonha? A maioria já passará vexame na formação, tanto por não ter base para acompanhar como por não ter condições de comprar livros e apostilas e, passada esta fase, se não desistirem antes, por não conseguirem no mercado de trabalho capitalista cotas para quem teve cotas. Volto a insistir: da mesma forma que os mais de cem intelectuais negros, que no mês passado entregaram um abaixo-assinado ao STF, pedidndo para que não fosse aprovada a lei das cotas, alegando que o negro não precisa de esmola e sim de oportunidades iguais, o correto é dar plenas condições de aprendizagem, dar uma escola pública de qualidade, em horário integral; enfim, dar condições de cidadania plena aos mais pobres, independentemente da cor, e então aqueles que tiverem vontade, garra, com esse apoio, chegarão às universidades aptos a aproveitar o estudo e a serem vitoriosos, sem esmolas. Para complementar esta opinião, recomendo a leitura da coluna de Miriam Leitão, nos principais jornais do país, data de ontem, dia 29 de junho, domingo, onde ela relata a vida do pai dela, que estudou e se formou pagando os estudos desde a infância, com trabalho, na própria escola. Limpava banheiros e salas de noite para poder esudar de dia, de graça, e assim se formou, fez-se na vida, com orgulho, sem esmolas, que ofendem muito quem a recebe, desde que tal pessoa tenha brio. Madeira
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