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Jesus disse: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Dentro da minha pequeníssima luz, ouso interpretar (pelo menos para a minha utilização) tais dizeres. Ao falar sobre Jesus enfrentamos todas as dificuldades oriundas do tempo decorrido da estada dele entre nós, fora as versões deturpadas da Bíblia e dos Evangelhos, no que temos de referência à passagem dele por este planeta e que está escrito nesses compêndios. Amparado neles, no dicionário e nas minhas análises, entendo que como um caminho é, por definição, rumo, direção, rota, trajeto, maneira de atingir um objetivo, Jesus, ao dizer que é o caminho, referiu-se à vida terrena e assim nos deu sempre, continuadamente, em trinta e três anos, qual é o trajeto, a rota, o rumo que deve-se imprimir às atividades cotidianas - como ele o fez. Que foi o Cristo no dia-a-dia? Homem de bem, trabalhador, primeiro como carpinteiro na vida privada, depois um grande terapeuta, orador, amigo, orientador e líder na vida pública. Verdade é por definição o que é real, sincero, sem fingimento ou mentira. Jesus assim agiu em todos os momentos relatados nos livros bíblicos, na maior parte das ocasiões com doçura, e em algumas poucas com a firmeza necessária, contrapondo-se às falsidades, às mentiras. Vida é atividade, são obras, são ações, é ânimo, é força, são acontecimentos pelos quais passamos, aquilo que dela fazemos. Mais uma vez a leitura bíblica nos mostra estas características terrenas de Jesus. Ou seja, em uma simples frase ele nos deu os parâmetros para buscarmos o progresso intelectual, moral e espiritual, única finalidade de aqui estarmos (não o são as riquezas, pois se o fossem os caixões teriam gavetas para guardarmos as jóias, o dinheiro e outros bens materiais). Não tenho qualquer sombra de dúvida que, apesar de padres e pastores lançarem mil e uma interpretações de suas palavras e ações, o que ele quis de fato foi, em sendo um mestre inigualável, dar-nos uma aula prática maravilhosa e eterna de como melhorarmos, progredirmos, crescermos, e para a qual não prestamos muitas vezes a atenção suficiente, e não nos entregamos aos ensinamentos com a fé, a vontade forte de aprender e seguir. É simples ser também o caminho, a verdade e a vida: é só imitá-lo, com as devidas proporções de época, de irrealidades escritas, de imperfeições nossas. O caminho dele deve ser o nosso: traçar uma trajetória de amor, respeito, equilíbrio e trabalho, buscando afastar-nos dos erros grosseiros, pois sabemos muito bem quando o comportamento é errôneo, face à ação da nossa censura íntima, e com isso estaremos seguindo o caminho por ele indicado. Sendo a verdade, ou seja, construindo os atos do nosso caminho em cima do verdadeiro, da exatidão, da sinceridade, com amor. Por fim, a vida, o ânimo nesta passagem terrena, nas nossas atividades, deve ser perene, sendo as buscas incessantes da edificação intelectual e moral. Entendo que Jesus mandou o recado com clareza e só nos falta pensar menos no material, que tem seu espaço e necessidades a serem atendidas, mas não pode ser o dominante; devemos ingressar em um viver de muito amor, respeito, sinceridade e construção de bens morais e espirituais. Ele disse: leiam, estudem, observem, analisem como me comportei quando estive aí, nesse mesmo planeta, e adequem aos tempos modernos o que entenderem - e cumpram, pois este é o caminho da verdade que fará da vida uma aprendizagem, um desenvolvimento do espírito - único, imortal e definitivo. Madeira