Este blog objetiva, sempre que possível diariamente, colocar para os amigos comentários sobre fatos de que participei ou aqueles que presenciei, ou ainda comentar assuntos que estejam na pauta jornalística do momento.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

atualidades-comentários-madeira(luta interna na PF)



Os jornais têm publicado, a respeito das prisões de Celso Pitta, Daniel Dantas e Nagi Nahas, que a Polícia Federal está dividida, com um grupo que defende caminhos diferentes para a mesma, no tocante às operações realizadas. Nessa divisão, uns desejam que seja feita uma blindagem das autoridades superiores, outra ala não, quer prender doa a quem doer. Uns defendem a divulgação escandalosa das ações contra criminosos em geral, e mais ainda quando for de gente pública, outros não. Nisto tudo, do meu ponto de vista, duas coisas são entristecedoras, ainda mais para mim, fundador do atual DPF. A primeira é a politização do órgão. De forma alguma a PF pode ser polícia do governo. Deve ser (pela Constituição) polícia do Estado, ou seja, ainda que ela pertença a uma estrutura governamental, não pode ser usada para os interesses de quem está chefiando o governo. Isto tem sido feito, e é por isso que ela está, já há alguns anos, dividida, pois os delegados querem o seu grupo político no poder; assim, receberiam os cargos de chefia e ganhariam mais dinheiro e prestígio (aaaahhh, a vaidade mata...). Faz falta um Hoover no comando, e uma ideologia como a dos USA, que permitiram um FBI do Estado, que nunca serviu aos governantes. É certo que correrá o risco, como está correndo agora o Ministério Público, de virar um super-poder, mas é melhor que ser um órgão partidário, como está sendo. O outro comentário é quanto a uma insubordinação, fruto dessa politização da PF, pois, segundo os jornais, o diretor geral não tem conhecimento das operações montadas no departamento de inteligência (do qual fui um dos criadores). Isso é um absurdo, e esses dois fatos estão dividindo o DPF em vários segmentos, minando uma instituição importantíssima, envenenando seus integrantes pela divisão de comportamentos e formação de grupos, integrantes que devem lealdade a seus cabeças e não mais à pátria, ao ordenamento constitucional. É o início do fim, pois daí às mortes misteriosas (já ocorreram algumas de delegados), e a ser um monstro indomável, com várias cabeças, é questão de tempo. Madeira

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