Este blog objetiva, sempre que possível diariamente, colocar para os amigos comentários sobre fatos de que participei ou aqueles que presenciei, ou ainda comentar assuntos que estejam na pauta jornalística do momento.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

atualidades-comentários-madeira(PF grava conversa interna)



Notícia de ontem, 17 de julho, torna público que, por ordem do presidente Lula, divulgam-se diálogos de reunião de trabalho da Polícia Federal, sobre investigação em andamento. Incrível, fantástico, extraordinário... Somente em uma república sindicalista ocorre um fato trapalhão como este. Primeiro, o primeiro e maior mandatário nacional intrometer-se em uma questão interna de um órgão, em relação a ele de terceiro ou quarto escalão, e determinar algo, em especial de área que ele não conhece e a frente da qual tem (espera-se) especialistas. Depois, a partir de uma gravação de quatro horas, apresentar um áudio de pouco mais de três minutos (fita editada, que não clareia nada, apenas tumultua mais). Depois, o absurdo de um superintendente da PF e um diretor de área gravarem uma reunião de trabalho... Vá um profissional ser inseguro e cagão assim lá longe! Quem não deve não teme, quem é correto não precisa tirar cópia de documentos que assinou ou gravar conversas que teve. Que outros gravem, façam grampos, o que quiserem, pois quem é honesto não tem nada a temer e assume a responsabilidade sobre o que falar e fizer. Brincadeira! Fico imaginando a quantidade de fitas gravadas que esse delegado tem e terá ao fim de trinta anos de exercício profissional (ele não encontrará nenhuma depois de algum tempo...). Por fim, dentro dos erros infantis e/ou maldosos que estão ocorrendo nesse caso (dentro da PF), é lamentável que no meio do tiroteio o diretor geral tire férias por quinze dias (??!!). Foi covarde? Foi obrigado? Foi resultado de uma ação política? É o primeiro passo para ser exonerado? Com o que ele não está de acordo? Cada dia as coisas ficam mais complicadas e ínexplicáveis, principalmente para quem conheceu um DPF sem envolvimento político, em que a hierarquia e a disciplina eram apanágios, em que não se informava à imprensa as ações, não se entrava em greve e em que se deixava à Justiça a função de divulgar ou não os crimes; enfim, era uma polícia do Estado e não do governo, não partidarizada. Que está cada dia mais estranho, está. Madeira

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