
Como já disseram em uma canção: "O Haiti/é aqui..."
Inquirida pela mídia, a premier da Finlândia indicou o que foi - e continua a ser feito - para que um pequeno país, com um inverno rigoroso, seja uma potência a nível de qualidade de vida dos seus habitantes. A receita é simples, mas lamentavelmente acho que nunca será aplicada em nosso Brasil, pela sem-vergonhice dos nossos mandatários, tanto os atuais quanto os futuros, pois não vislumbro nenhuma exceção de prócer político inteligente, independente e sem vontade de perpetuar-se no poder. Triste e lamentável. Vamos ao que, pelo caráter dos políticos e pela compreensão do povo finlandês, foi feito. Primeiro: investimentos maciço em educação, pois povo educado sabe votar, escolher bem seus governantes e cobrar deles as ações importantes para o país. Isso é tudo o que os nossos governantes não querem, pois repercutirá em eles perderem eleições e serem obrigados a trabalhar honestamente. A Finlândia investe 6% do seu PIB em educação, que é de tempo integral e continuada. A segunda ação de êxito: a transparência governamental, ou seja, todas as contas, todas as obras, todos os investimentos, todas as reuniões políticas são abertas, assistidas por quem quiser, e transmitidas para todo o país. Esta, então, tem menos chance ainda de ser aplicada no Brasil. Aqui, tudo é sigiloso, para que possa rolar a maracutaia, os percentuais por fora. Imaginem que os gastos do presidente e de sua família são de segurança nacional... Daí os amigos dos netos do Lula viajarem no avião presidencial, passarem férias no palácio, a cadelinha ir de carro oficial ao veterinário, a compra de dezenas de roupões turcos de banho, os saques (ou é melhor chamar de achaques ou assaltos?) em dinheiro nos cartões corporativos e, agora, a aquisição de três previdências privadas, cada uma de duzentos mil reais, para os netinhos de D. Mariza, e tudo isso não pode ser investigado por ser assunto de segurança nacional. Nós, brasileiros, somos grandes piadistas, e este não é um país sério mesmo. A terceira dose da receita (com apenas três ações eles fazem um país), também impossível em nossa pátria, pois é simples demais mas não interessa aos políticos venais, aqueles que se vendem após cada eleição: a fidelidade partidária, a existência de uma ideologia, de obediência ao voto do eleitor, que escolheu, certamente, o candidato e o partido. No Brasil é impossível também isto ser implantado, porque a cooptação, em troca de favores, é moeda política, e eles não vão querer perder a boquinha, um dinheirinho a mais. Nojo e vergonha de ser brasileiro nessas horas. Conclusão: continuaremos a ser uma nação de cascateiros, sindicalistas, aproveitadores, ignorantes, mal-educados, dissimulados e vendilhões; longe, muito longe de uma Finlândia. Madeira
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